Em Jornal Expresso (25/03/05)

ALEXANDRE POMAR

Excerto do texto de Arte Alexandre Pomar in “Jornal Expresso”(25/03/05):

(…)”Com esta passagem à pintura feita por outros meios – e com diferentes valores ópticos
e sensíveis como resultado – abre-se caminho até às suas práticas mais tradicionais, onde o
exercício do fazer e o vestígio da mão reivindicam uma visibilidade táctil que pode ser tanto
ou mais significante do que a presença das formas e a sugestão dos sentidos.

É o caso de Catarina Machado, para quem são as marcas dos gestos que se constituem em si mesmas como imagem.O quadrado interrompe-se num vazio central deixado na tela branca, que as manchas de cor invadem ou atacam informes ou organizadas em círculos e áres lisas que crescem a partir dos bordos, como se de um corpo a corpo com o quadro se tratasse, com a sua fisicalidade bem patente na urgência e no inacabamento das últimas pinceladas (é também um tempo que se inscreve no fazer do quadro). Noutros trabalhos, numa direcção simétrica, é um vazio negro que é invadido pela pincelada de cor.”(…)

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